Um recente estudo promovido pela Federação Europeia de Ciclistas (EFC) e publicado no jornal inglês The Guardian, mostra que a indústria do ciclismo gera na faixa  650 mil empregos na Europa.

As indústria do ciclismo na Europa tem gerado mais empregos que a indústria de calçados (388 mil empregos), mais do que a bem estabelecida indústria de aço (410 mil empregos); até gerando mais que as três maiores companhias automotivas dos Estados Unidos (United States’ Big Three – composta pelas empresas: Ford, General Motors e Chrysler), que combinadas geram cerca de 510 mil empregos.

A bicicleta gera economia de 435 euros per capita na Europa e o maior impacto é na área da saúde, com uma economia de 110 bilhões de euros por ano de acordo com o Health Economic Assessment Tool (HEAT), sistema desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo dados da EFC, hoje 34 milhões de europeus usam a bicicleta como meio de transporte preferencial — o que representa cerca de 7,5% da população do bloco. A expectativa é dobrar esse índice para 15% até 2020. Se a meta for alcançada, a economia de recursos equivale a 100% da dívida da Espanha ou 76% da indústria automotiva alemã.

Kevin Mayne, o diretor de desenvolvimento da Europeia de Ciclistas Federation (ECF), que encomendou o estudo, disse que tinha uma mensagem muito simples para os governos e as autoridades locais: “Você sabe que investir no ciclismo é justificado economicamente pela melhoria do transporte, as alterações climáticas e orçamentos da saúde. Agora podemos ver claramente que a cada ciclovia que você constrói e cada novo ciclista que você cria está contribuindo para o crescimento de empregos no seu país. Investir em bicicleta proporciona um melhor retorno econômico do que qualquer outra opção de transporte. Esta deve ser a sua primeira escolha“.

As inovações tais como e-bikes, bem como campanhas de segurança rodoviária e projetos de infra-estrutura poderao impulsionar a economia do ciclismo. Ainda de acordo com o ECF, querem 10% do orçamento de transportes da Europa ser reservado para o ciclismo.

Na contramão – A América


Enquanto isso, do lado de cá do oceano, o EUA e América Latina novamente andam na contramão da Europa, incentivando e dando subsídios cada vez mais ao setor automotivo. A America Latina já seguiu o modelo americano há décadas atrás, quando investiu fortemente em rodovias e sucateou suas ferrovias — que hoje também é o grande meio de transporte na Europa. E novamente na contramão da Europa que investe na indústria do ciclismo fortemente, a América Latina e EUA investem basicamente em rodovias e na sucumbidora indústria automotiva em prol das bicicletas e infra-estrutura para ciclistas .

Quando os governantes do Brasil e América Latina irão acordar e parar de seguir o modelo de ostentação dos americanos ?

Fontes : theguardian, mtbbrasilia, gazetadopovo

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Ecobike 2014
Angela Merkel na Ecobike 2013. Fonte
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