O vício não se aplica apenas ao abuso de substâncias – álcool e drogas.

Quanto mais estudo e aprendo sobre os ensinamentos básicos do budismo, mais percebo que somos todos viciados. Se não é uma substância, nos tornamos viciados ou apegados a uma maneira de pensar que pode nos manter trancados em nossas próprias prisões mentais. Ou, talvez, estejamos viciados em um estado de espírito que realmente nos impede de alcançar um novo nível de sucesso ou crescimento.

No budismo, o tema central dos ensinamentos afirma que sim, existe sofrimento, mas ele pode ser superado. A expressao mal traduzida de “Dukkha”, que se traduz em “sofrimento”. Toda situacao boa ou ruim tem a semente do Dukka e, na minha opinião, nós, como seres humanos, somos viciados neste sofrimento, porque isso é o que pensamos que a vida é. Mas estamos tão inconscientemente apegados a isso que esquecemos como é se render em vez de se tornar vítima do sofrimento.

O budismo ensina que tudo está sempre mudando. Nada na vida permanece o mesmo; está constante e consistentemente mudando. O budismo dá o nome de impermanência. À medida que mudamos de humor, situações, fases, ciclos e padrões, as práticas do budismo podem nos ajudar a lidar e sobreviver emocionalmente cultivando nosso percepção da impermanência.

Mas isso me fez pensar cada vez mais sobre o mundo atual em que vivemos, cheio de trauma emocional, doença mental e dependência de drogas e álcool. Qual é a dose “normal” de sofrimento na vida?

No caso do vício em substâncias, a eliminação da substância pode levar ao renascimento e à libertação. No entanto, com doenças mentais, como distúrbios alimentares, depressão, ansiedade, não há nenhuma substância física real a ser eliminada. Pelo contrário, é uma maneira de ser, viver e pensar que precisa ser reconectada e desaprendida.

O que o budismo nos ensina é que o passado é apenas um pensamento neste momento. Não somos o passado, mas o passado pode facilmente se tornar parte de nossa história que continua a ser repetida.

Para nos libertar do vício e das doenças mentais, precisamos encontrar o músculo em nossas mentes para recuperar nosso poder e reescrever nossa história.

 Mas qual é o primeiro passo para fazer isto? Comece meditando, aqui deixo uma meditação guiada para te ajudar a exercitar aquela sinapse nos neurônios.  

 

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