Neste artigo , a psicóloga e escritora espanhola Jennifer Delgado nos relata sobre o livro “O Pato, Morte e Tulipa” do escritor e ilustrador alemão Wolf Erlbruch. Uma obra de uma beleza serena que nos faz caminhar junto com os personagens, refletir com eles, experimentar suas emoções e compartilhar suas preocupações.
Suas Ilustrações tem o poder de nos transmitir calor e frio, a surpresa dos encontros e o amargor das despedidas. Porém é um livro pensado para as crianças, mas oferece também uma grande lição da simplicidade aos adultos.
Com grande economia de palavras e ilustrações minimalistas mas muito expressivas, Erlbruch transmite uma camaradagem que desenvolve entre ambos personagens.
Assim, em algum momento o pato convida a morte para banhar-se com ele em uma lagoa, ao sair, a morte sente frio e o pato se oferece para esquentá-la. A morte nunca imaginou que alguém pudesse ter oferecido tanto gentileza.
No dia seguinte, o pato acordou feliz por não estar morto. A partir desse momento nasce uma relação muito especial entre eles, e aparecem perguntas transcendentais que todos fizemos alguma vez na vida.
Porém, com a chegada do outono, um belo dia o pato começou a sentir frio. Ele pediu a morte que o esquentasse um pouco, como havia feito com ela.
A neve caía. Os flocos de neves eram tão finos que estavam flutuando no ar.
Algo havia ocorrido. A morte olhou para o pato
Havia deixado de respirar. Estava muito quieto.
Ela o acariciou para colocar um par de penas ligeiramente franzidas, o carregou em seus braços e o levou para um grande rio
Ao final do libro se vê a morte acompanhada de outros animais, uma sutil lembrança de que o rio da vida não se detém. E precisamente por ele, devemos aproveitar cada segundo, aqui e agora.
Fonte do Texto e Imagens: Rincón de la Psicologia